“Apenas amigos”

Eu estava me enganando o tempo todo em dizer que éramos apenas amigos. O jeito como você acendia aquele cigarro, seu cabelo escuro contrastando com sua pele muito clara, e como seus olhos ficavam tão pequenininhos quando você sorria, é, ainda não saíram dos meus pensamentos. E embora eu quisesse por diversas vezes, ainda assim essa parte eu não quis abrir mão de esquecer. Porque eu te achava singular. E ainda me encanto por isso. A jaqueta de couro, a camisa do Star Wars, o óculos de nerd, seu jeito fácil e sensível de se expressar, bem o oposto ao gosto exótico pela música metal (pesado). Reunidos em uma só pessoa. Às vezes, penso que todo esse tempo tive é a vontade de saber mais a respeito.

Quando seus beijos percorriam minha coluna nua, eu me arrepiava de um jeito bom. Quando eu me conectava a você, o contato visual, era só o que eu queria manter. Sinto dizer que não encontrei essa conexão em outros depois de você. E isso me deixou bastante irritada por um tempo. Mas hoje sei que essas coisas são especiais, e portanto, difíceis de serem encontradas por aí. Não estamos falando somente de atração. E infelizmente “é só amizade” foi a resposta mais fácil para duas pessoas imaturas.

Sim, fiquei mal por um tempo quando as coisas entre nós acabaram. Na verdade, acho que não me conformei com fato de elas nem sequer terem começado de verdade. Mas tudo bem, há coisas que não precisamos entender, porque não era mesmo para acontecer. Ou caso o contrário, eu não teria aprendido tanto sobre mim. E como haviam sentimentos aqui dentro que necessitavam de mais atenção e carinho, antes que eu decidisse me abrir para alguém. E hoje entendo que o mesmo ocorria a você.

Thábada.

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